Esta é a nossa Semana Lucrativa 2, um espaço onde comentamos os principais eventos que impactaram os mercados na semana anterior e aqueles eventos que poderão causar variações nos nossos portefólios de ações.
“Como assim, Semana Lucrativa 2? Não deveria ser a 12?”
Alterei o nome das Semanas Lucrativas para acompanharem o calendário.
Ou seja, se estamos na segunda semana de janeiro a Semana Lucrativa será a número 2, se estamos na última semana do ano será a Semana lucrativa 54.
Aceitei a sugestão do Gustavo e do João, dois amigos meus que sugeriram que acompanhasse as Semanas Lucrativas com o calendário, para assim ser mais fácil de navegar. Imagina que queres pesquisar sobre um assunto que falamos há três meses atrás…assim será mais fácil de localizar esse tópico no Blog.
Sei que é um Reset ao que fizemos até aqui, mas concordo que se percebe melhor a que semana nos referimos quando acompanhamos o calendário!
Por isso, vamos lá às principais notícias da nossa Semana Lucrativa número 2.
Principais eventos da semana anterior:
- O Russell 2000 foi o único índice (dos que acompanho) a subir: 1.64%; com os restantes índices a descer: o STOXX 600 0.62%; o Nasdaq 0.40%; o S&P50092%; e o Dow Jones 0.65%.
- Tivemos o Consumer Electronics Show 2021 a apresentar as grandes novidades tecnológicas para este ano. Novidades que vão desde novos televisores, impressoras 3D, áudio para carros e lares, criptomoedas, drones, educação virtual, entretenimento e conteúdo online, Internet-of-Things, fitness, hardware, investimentos, computação quântica, 5G, entre muitas outras áreas onde a disrupção é uma constante.
- Biden propôs incentivos económico-financeiros que chegam aos $1.9 triliões para combater os impactos de novos Confinamentos, com pagamentos diretos às pessoas a chegar aos $1400 a que se adicionam $400 por semana como suplemento para os desempregados (até setembro).
- Jerome Powell já reiterou que não vai abrandar as políticas de financiamento à economia, com o ritmo de compra de ativos a continuar acelerado (XXX biliões /mês em obrigações) e com as Taxas de Juro a manter-se próximas de zero. A mensagem do banco central é clara para os investidores: têm de procurar investimentos em ativos tipicamente considerados de maior risco.
- As IPOs e as SPACs continuam em força na entrada de 2021, mostrando a elevada liquidez que existe nos mercados e alertando para a criação de uma potencial bolha. Tivemos a notícia de que os cheques-estímulo providenciados às famílias americanas ao longo de 2020 foram usados sobretudo no mercado de ações, o que também alimenta a ideia de que estamos a entrar numa bolha financeira.
- Xiaomi foi adicionada à lista negra de empresas por parte dos EUA. O país alega que a Xiaomi tem ligações a entidades militares chinesas.
- Os Grandes Bancos norte-americanos (JPMorgan, Goldman Sachs, Morgan Stanley) estão a remover mais de 500 produtos estruturados associados à China Mobile, China Telecom, China Unicon, depois das ordens dadas pelo presidente Donald Trump. Os índices globais como o MSCI, FTSE Russell, S&P e Dow Jones também já informaram que vão retirar essas empresas dos seus benchmarks. E a Bolsa de Nova York (NYSE) também vai delistar os ADRs dessas empresas.
- As vendas de computadores no quarto trimestre subiram1% YoY para os 91.6 de unidades. As marcas mais vendidas do mundo são: Lenovo (1º), HP (2º), Dell (3º), Apple e Accer. Só as primeiras três contabilizam 62% do mercado, mostrando uma posição dominante.
- Do lado das aquisições e fusões tivemos a American Tower a anunciar a compra da Telxius (que pertence à gigante espanhoa Telefonica) por 7.7 biliões de euros. A empresa passa assim a ter acesso a 31.000 torres na Europa e na América Latina, um mercado no qual não tinha ainda grande exposição. A empresa relatou que vai ainda construir 3.300 novas torres na Alemanha e no Brasil, um investimento no valor de 500 milhões de euros.
- Resultados trimestrais: A KB Home (uma construtora de casas) lucrou $1.12 por ação; a Delta Air Lines (falei dela no artigo dos maiores erros que cometi em 2020) anunciou um prejuízo de $2.53 por ação e um Cash Burn de $12 milhões por dia (metade do valor apresentado no trimestre anterior).; a BlackRock apresentou lucros por ação de $10.18 e um novo recorde nos ativos sob gestão para os $18.68 triliões; o Citigroup (que já analisei noutro artigo) apresentou uma quebra nas receitas de 10% para os $16.5B nos lucros de 7% para $4.63 biliões ($2.08 EPS) e anunciou ainda que libertou $1.5B para reservas (mais do que o esperado).
Principais eventos da próxima semana:
- Quanto a resultados trimestrais: teremos a Netflix, Bank of America, Goldman Sachs, e Alstom na 3ª-feira; Procter & Gamble, Morgan Stanley, US Bancorp, Bank of New York Mellon, Discover, United Airlines, e ASML Holding na 4ª-feira; IBM, Intel, Baker Hughes e Bankinter na 5ª-feira.
Frederico, sou apenas um curioso com muita motivação para evoluir.
Na mesma quero deixar o meu reconhecimento por teres a grande capacidade de partilhares os teus skills e a tua experiência nesta área.
És mesmo grande nesse interior.
Obrigado.
Abraço.
Um gigante Obrigado pelo teu feedback Paulo!
Fico contente por ver que o conteúdo está a ajudar. É para isso que trabalho incansavelmente todos os dias.
Forte abraço e saudações lucrativas,
Frederico